29 de agosto de 2013

Observatório da Imprensa: Uma lupa sobre o jornalismo de revista

Para quem não conhece o site Observatório da Imprensa, eis aqui um texto interessante sobre Jornalismo de Revista, de Alexander Goulart. O texto é de 2006, mas penso que o conteúdo nos cabe ainda hoje.

O segundo parágrafo chama atenção: "No meio acadêmico, a revista é um tanto desprezada. Jornal impresso ainda é a menina dos olhos, centro das virtudes jornalísticas. A revista é tida como categoria menor para o exercício do jornalismo. Contudo, pouco a pouco esse panorama tem mudado, tanto que os novos currículos do curso de jornalismo já incluem "Redação e Produção em Revista". Isso é um sinal do momento em que vivemos. Hoje, as revistas representam a maior variedade editorial que dispomos. São milhares de títulos para todos os públicos, gostos. A revista está inserida no mercado atual; um mercado que busca a segmentação de público e publicitária. Fala para as diversas tribos. Logo, a revista é um bom negócio para as empresas, para o mercado, para o público e, claro, para os jornalistas." 

Realmente, quando entrei no curso de Jornalismo, queria trabalhar em jornal impresso. Depois de ingressar na faculdade, conheci a revista e ampliei o olhar; é uma área interessante de se trabalhar, uma área em que o repórter não lida apenas com o cotidiano, mas sim com o fato de dar outro olhar para este cotidiano. É preciso aprofundar, perceber cada detalhe da situação e narrar tudo ao leitor.

Alexander Goulart cita Garcia Márquez: "A melhor notícia não é a que se dá primeiro, mas a que se dá melhor". A revista exige apuração mais precisa, maior variedade de fontes, fotografias e recursos gráficos. 



28 de agosto de 2013

Quem faz o quê?

Chegou o momento de decidirmos as funções.

Editor-chefe: Demétrio
Editora: Gabriela Meller
Subeditor: Luís Gustavo Finger e Vania Soares
Editora de Fotografia: Laura Gomes
Editora de Online: Ani Camila
Produção: Augusto Dalpiaz e Julio Assmann
Revisão: Jonatan Trindade e Alan Faleiro
Diagramação: Daiana Carpes

27 de agosto de 2013

Por dentro da Veja

Um texto da jornalista Cynara Menezes, dona do blog Socialista Morena. Cynara discorre sobre quando voltou de uma viagem à Espanha e, desempregada, aceitou o trabalho na revista Veja, oferecido por uma amiga.
Quando trabalhamos em veículo de comunicação, temos que aprender a lidar com o fato de que o editor vai modificar nosso texto. Em seu relato, Cynara conta como a revista Veja modificava seus textos e, inclusive, suas apurações. Compara esse fato com outras publicações nas quais já trabalhou, como Folha de São Paulo e Carta Capital. Revela, ainda, histórias ocorridas durante seu tempo de Veja.

O texto de Cynara Menezes está disponivel em http://socialistamorena.cartacapital.com.br/por-que-entrei-na-veja-e-por-que-sai/

Olhar apurado


Toda reportagem começa com o assunto. Encontrá-lo pode ser uma das tarefas mais desafiadoras do jornalismo. Tudo começa com o olhar, seguido pela curiosidade. Procura-se pelo diferente, pelo novo, pelo incomum. Muitas vezes não se percebe o que está ao lado, sempre procurando o que está mais longe. Porém, pode acontecer de o que está no alcance do olhar se tornar uma pauta surpreendente. O caminho de casa entra no automático ou realmente se conhece o percurso? Os detalhes fazem a diferença no jornalismo, e é por isso que a percepção do repórter ter que ser apurada, e isso começa com o olhar, com o escutar, com estar aberto para outros pontos de vista.

Essa é do meu tempo...

Quem lembra das revistas da Xuxa?

Dica de leitura

O livro da Marília Scalzo, "Jornalismo de Revista" é uma boa pedida para o início deste semestre. Na obra há muito da história das revistas. Uma abordagem é da Revista Life, ela foi vítima de seu próprio sucesso, o custo de impressão, de tarifas postais, elevou os custos das propagandas o que fez com que fosse comprado a propagandas em televisão e comprando os dois meios a TV leva vantagem, pois atinge públicos maiores, o que de fato fez com que a revista fechasse.
A concorrência entre os veículos de comunicação é agressivo, uma disputa pela publicidade, a autora compara as revistas como “supermercados culturais”, pois elas refletem a cultura dos lugares, o estilo de vida. Scalzo deixa claro que jornalismo de revista não é literatura, por isso deve existir uma atrativo a mais para as páginas das revistas, como imagens e infográficos.

A história da revista no Brasil

Esclarecer, informar e divertir, pela primeira vez, a história de quase dois séculos das revistas no Brasil é contada em livro, com centenas de reproduções de capas, fotos e ilustrações.

Em janeiro de 1812, o tipógrafo e livreiro português Manoel Antonio da Silva Serva apresentou aos leitores da cidade de Salvador a publicação intitulada As Variedades, considerada a primeira revista brasileira. Era apenas um maço mal encadernado de papel, mais com cara de livro, que deixava exposta a aridez visual dos blocos compactos de texto. Durou apenas um segundo número, mas serviu para cravar o marco inaugural das revistas brasileiras. Desde então, muitas publicações surgiram e morreram – e é a história destes quase dois séculos de revistas que a Editora Abril lançou em outubro de 2000, o livro A Revista no Brasil, um volume comemorativo do aniversário de cinqüenta anos do maior grupo de publicações brasileiro. O lançamento contempla um livro de história no sentido clássico da palavra, uma obra no estilo próprio de revista – variada, multifacetada e viva”.

“É a primeira vez que se conta a história das revistas brasileiras desde o seu início. O livro traça uma viagem por quase 200 anos de revistas de todos os tipos, para todos os públicos, umas bem sucedidas, outras nem tanto, mas nem por isso despojadas de interesse histórico”. Alguns gêneros mereceram também atenção especial, como os quadrinhos, o folhetim, a fotonovela, a cultura e o erotismo. O livro ganha a amarração de uma cronologia detalhista, que remonta ao lançamento de As Variedades, e uma completa bibliografia sobre o tema.

O bom jornalismo, o apuro estético e gosto pela reportagem eclodem ao longo da história das revistas brasileiras. Nem sempre aparecem juntos, porém. Para os entusiastas das histórias em quadrinhos, A Revista no Brasil permite o reencontro com o pioneiro O Tico-Tico e uma galeria infindável de personagens que habitaram a infância de milhões de brasileiros, como Pato Donald, Tarzan, Flash Gordon, Mônica, Mindinho, Recruta Zero, Fantasma, Capitão Marvel, Pererê e o caboclíssimo Jerônimo, o Herói do Sertão. A evolução do papel das mulheres no mundo fica evidente na crescente sofisticação dos títulos dedicados a elas – A Estação, Para Todos..., Jóia, Manequim, A Cigarra, Marie Claire, Claudia e Nova.

O humor é uma constante, espelhado já na própria escolha do título das publicações: Marmota Fluminense, O Charivary Nacional, O Mequetrefe, O Diabrete ou O Papagaio. Numa época posterior, Millôr Fernandes, Henfil, Jaguar, Angeli e Miguel Paiva são os artistas que deram ao desenho de humor maturidade e consciência.


(Fonte: VEJA, 1º de novembro de 2000 – IMPRENSA – ANO33 – N .º 44 – Edição 1673 – Editora ABRIL – Pág. 114/115/116/117)

O jornalismo e a função social

Os meios de comunicação influenciam, direta ou indiretamente, o público e possui um imenso poder de ditar regras, tendências, comportamentos, entre outros. Por isso a produção e publicação de notícias requer responsabilidade de quem o faz. O jornalista está intimamente ligado à função social, por isso precisa ter credibilidade e qualidade no conteúdo que transmite. 

Desenvolver a cultura, a educação, fortalecer a cidadania, transmitir o que é de interesse público, procurar ouvir todos os lados da história, são alguns dos deveres do jornalismo. É preciso estar atento ao que acontece ao redor, é necessário que o jornalista desenvolva um papel de educador.

Foto: Divulgação

O acesso à informação é um direito de todos e o jornalista tem papel fundamental na formação de uma população mais crítica e questionadora frente às situações que ocorrem.

23 de agosto de 2013

Pensar...

Chegou a hora.Sabíamos que essa dia chegaria, mas parecia tão distante. Não tem mais conversa, acabou a brincadeira, é hora de acharmos o que fazer.
Na verdade a turma precisa começar os trabalhos, e a "responsa" é grande. Achar "cases" diferentes e atrativos, histórias bem contadas, e que seja exceção.
Enfim, já estamos nos preparando para colocar mais uma super Revista Exceção em breve para a comunidade Unisc. Aos trabalhos galera!

JORNAL OU REVISTA?

Uma discussão entre alunos e professor na disciplina de Jornalismo de Revista, questionamos se o Correio Braziliense é revista ou jornal.
Alguns professores são categóricos e afirmam, ser sim, revista. Um jornal com cara de revista ou revista com cara de jornal?


Outro impresso que circula na região do Vale do Rio Pardo é o jornal do SESCOOP/ RS (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado do Rio Grande do Sul). Na capa diz ser um jornal, mas ao folhearmos, é revista.
Com a modernidade e avanço tecnológico, está cada vez mais difícil de decifrar a parada.
Estes são alguns exemplos. A partir de agora, estaremos mais atentos quanto ao projeto gráfico dos impressos.

Jornalismo não se faz só com fontes oficiais

Foto: Divulgação
Os meios de comunicação tradicionais se mostram, ainda, muito presos às fontes oficiais. No entanto, cada vez mais, precisamos apostar nas caras novas, dar voz aos que não costumam aparecer na mídia com frequência, mas que nem por isso deixam de ter boas histórias para contar. Fatos interessantes existem e, muitas vezes, só aguardam por alguém que os encontre e transforme em notícia.

As pessoas gostam de se ver nas páginas dos jornais e revistas e se sentem atraídas por boas histórias para ler. O nosso desafio é reconhecer que o jornalismo não se faz só com fontes oficiais. Dar voz ao prefeito da cidade é importante, pois ele é um agente público, eleito pelo povo e que deve prestar contas à população pelos seus atos. Mas, podemos ir além dos números, da burocracia e da frieza que estão tão presentes no fazer jornalístico de todos os dias. 

Quase todo mundo tem algo interessante para dizer ou mostrar. Jornalismo também se faz com emoção, a partir das peculiaridades da vida humana. A revista Exceção representa uma oportunidade para colocarmos em prática a busca por boas histórias, que merecem ser relatadas e são cada vez mais valorizadas e procuradas pelos leitores.

21 de agosto de 2013

Saindo de casa

Sair de casa, da frente do computador, esse o primeiro passo para uma reportagem de qualidade, pois só se tem noção dos fatos indo ao cenário do acontecido, estando cara a cara com os entrevistados. As aulas de jornalismo de revista estão ficando ainda mais instigantes, à cada encontro, surgem mais temas, o desejo de fazermos um material diferente, uma legítima "exceção" à tudo que já foi produzido. A turma é pequena, os perfis diferentes, encontrar um equilíbrio em cada pauta, um desafio, e o resultado uma consequência. Temos  muito trabalho pela frente.

Para aqueles que gostam de fotonovelas

Um pouco de nostalgia para essa manhã de quarta-feira.

Vamos relembrar os bons momentos das fotonovelas?

Encontrei um blog super bacana que faz um resgate sobre a história, debate assuntos sobre o tema, além de trazer inúmeras edições do produto para download.

Ficou curioso?
Então acesse o site As Fotonovelas.


Falando sobre caricatura

Henrique Fleiuss, caricaturista da revista Semana Ilustrada, sobre a passagem da vedette e
atriz francesa pelo Brasil. Desta vez ela é uma cadela que sai do Alcazar perseguida por inúmeros cães.


Nascido em Colônia (Alemanha) e falecido no Rio de Janeiro (RJ), Henrique Fleiuss, estudou arte na cidade natal e em Dusseldorf, e Ciências Naturais e Música em Munique.

Veio para o Brasil em 1858, a conselho de Von Martius, percorrendo logo ao chegar várias províncias nortistas, cuja paisagem e costumes fixou em aquarelas, veículo em que se expressava superiormente.

Em 1859, já no Rio de Janeiro, fundou uma oficina tipo-litográfica ao lado do irmão Carlos Fleuiss e do pintor seu compatriota Carlos Linde. Essa oficina tornar-se-ia em 1863 o Instituto Artístico Imperial, por decreto de Pedro II.

Fleuiss é considerado por Herman Lima o verdadeiro criador da imprensa humorística ilustrada no Brasil, graças à Semana Ilustrada, por ele fundada em 1860 e que viveria até 1876.

Fonte: http://teatrobr.blogspot.com.br/2012/03/aimee-o-diabinho-loiro.html
          http://www.pitoresco.com/laudelino/henri_fleiuss.htm


9 de agosto de 2013

Reportagem- Chatô: o rei do Brasil

Galera achei no you tube uma reportagem sobre Assis Chateaubriand.
Vale a pena conferir.


http://www.youtube.com/watch?v=hAGP4OKH_yQ

Capas Marcantes



Muitas capas de revistas ficaram marcadas em nossa memória. Algumas apresentavam conteúdos  polêmicos, outras traziam fotos chocantes. Mas ao certo que estas edições fizeram a diferença e quebraram tabus pelo mundo a fora.
A Trip por exemplo na edição de outubro de 2011 apresentou dois rapazes surfistas gays trocando beijos na boca.

Em março de 2013 a Times divulgou casais gays beijando-se e discutia o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Em 1985 a Revista National Geographic trouxe polêmica para a capa;a foto da Menina afegã tornou-se um símbolo do conflito entre afegãos e da situação dos refugiados por todo o mundo. A imagem conseguiu captar a tristeza dos olhos verdes da garota de 12 anos em um acampamento de refugiados em Nasi Bagh, no Paquistão, durante a invasão soviética. 

A Manchete na maioria de suas edições arrasava com poses provocantes e sensuais das artistas.


Enfim, capas especiais para cada ocasião.


Exceção no Face

Pessoal, sejam todos bem-vindos ao semestre 2013-2 da disciplina de Jornalismo de Revista.

A página do Facebook está disponível deste já: https://www.facebook.com/pages/Exceção

Abraço a todos e a todas!

8 de agosto de 2013

Abertos os trabalhos

Na manhã de ontem, quarta-feira, tivemos a primeira aula de Jornalismo de Revista. Para abrir os trabalhos, foram apresentadas revistas históricas, como Realidade e Cruzeiro, bem como livros para nos auxiliar na produção da próxima Exceção.

Algumas dicas de leitura: A sangue frio, de Truman Capote e Chatô: o rei do Brasil.

A turma também viu e analisou, com a ajuda do professor, edições anteriores da Exceção.

Foi então que entendi o motivo do nome da revista: a publicação trata de matérias humanas, histórias curiosas, ou seja, exceções.

Agora, a turma está na luta por uma pauta diferente, que fuja das notícias corriqueiras e que seja, realmente, uma exceção!

Bom trabalho a todos e um ótimo semestre!